quarta-feira, abril 23, 2008

Cinco sentidos

Aquele dia ele saiu foi ao bar encontrar amigos para jogar conversa fora e lá pelas tantas seus amigos foram embora, mas ele ficou dizendo que iria tomar mais um ‘Blod Mary’ do jeito que ele gostava com Rum e não com Vodka.
Pediu ao barman, que era seu amigo também e conversaram banalidades, riram um pouco e ele resolve ir embora, pois já era bem tarde daquela quinta-feira.
Ele sai do bar olha para rua toda, e vê que não há nenhum taxi para levar-lo, então ele sobe a rua onde a duas quadras tem um outro bar e uma casa noturna, para qual ele se encaminha para pegar lá um taxi.

Ele percebe que chovera pelo cheiro de árvores molhada e também do cheiro do asfalto molhado. Que Le agrada o olfato.

A Alameda com um leve subida e bem arborizada esconde a lua cheia entre folhas que de longe pareciam negras e com luar para contornar-las, isso lhe agradou a visão.
Ele tira do bolso seu cigarros fortes e incomuns, para fumar mas antes de acender-lo, ele passa a língua nos lábios e encontra vestígios de pimenta do seu drinque e imediatamente coloca o cigarro na boca e acender com um fósforo da casa, tornando um paladar único de pimenta fumo e pólvora, agora fora paladar que agradou-lhe

No caminho ele encontra a moça, que perdida lhe pede a direção ele indica a direção e ao olhar tanta formosura e jovialidade fala que há algo em seu rosto, ela não acha, ele pede licença e com as costas da mão passa nas bochechas rosadas. Aproxima dela, mas deseja a uma boa noite. O tato agora fora agraciado.
Com os cincos sentidos aguçados massageados e presenteados ele vai para casa com a certeza de ter tido a noite mais incomum porem melhor de sua vida.

Pequenos gestos podem revelar um explosão de bons sentimentos.
Ao ouvir sua própria voz em sua cabeça lendo essa história espero que agrade muito a sua audição como agrada a minha própria.